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20 de Abril de 2024
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    Delação só é séria se denunciar magistrados e Judiciário, diz Eliana Calmon

    Publicado por Correio Forense
    há 7 anos

    Quando se candidatou a senadora em 2014, a ministra Eliana Calmon (foto) teve 32% de sua campanha financiados por construtoras. Segundo informações da Justiça Eleitoral, ela recebeu R$ 898,8 mil de empreiteiras, entre doações diretas e indiretas. Hoje, acredita que a delação dos executivos dá Odebrecht só pode ser levada a sério se denunciar magistrados.

    Aposentada do Superior Tribunal de Justiça e ex-corregedora nacional de Justiça, ela disse ao jornalista Ricardo Boechat, colunista da revista IstoÉ que “delação da Odebrecht sem pegar Judiciário não é delação”.

    “É impossível levar a sério essa delação caso não mencione um magistrado sequer”, completou.

    Na mesma edição de sua coluna na IstoÉ, Boechat afirma que a ex-ministra está sendo investigada por ter recebido doação de R$ 250 mil da OAS durante sua campanha para senadora, em 2014, quando se candidatou pelo PSB da Bahia. A empresa é uma das investigadas por fraude a licitação, corrupção e superfaturamento de contratos com a Petrobras na operação “lava jato”.

    A campanha da ministra Eliana foi amplamente financiada por empreiteiras. Ela arrecadou, no total, R$ 2,8 milhões. Disso, R$ 898,8 mil vieram de construtoras.

    Além da OAS, o fundador da empresa, Carlos Suarez, também doou dinheiro para a campanha da ministra Eliana. Foram R$ 150 mil: R$ 100 mil diretamente a ela e R$ 50 mil por meio de Lídice da Mata (PSB-BA), senadora e candidata a governadora da Bahia em 2014.

    Das envolvidas na “lava jato”, a ministra recebeu doações da Andrade Gutierrez e da própria Odebrecht. A doação da Andrade foi feita por meio do comitê de Lídice da Mata, senadora pelo PSB que se candidatou ao governo da Bahia em 2014. Foram R$ 90 mil. A Odebrecht contribuiu com R$ 50 mil.

    Em volume, a doação da OAS só empata com a da Coesa Engenharia, que deu R$ 250 mil a Eliana. A CR Almeida, uma empreiteira do Paraná, fez quatro doações que somaram R$ 108,8 mil. Todas elas chegaram à ministra por meio de Lídice da Mata.

    REVISTA ISTO É/CONJUR

    Foto: Conjur

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/delacao-so-e-seria-se-denunciar-magistrados-e-judiciario-diz-eliana-calmon/417261550

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